quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Adeus ano velho ♪

Ano passado, um pouco antes do Natal, elaborei uma listinha de 10 coisas que eu pretendia fazer em 2010. Acho justo compartilhar com vocês o que eu consegui cumprir, o que eu deixei de querer e o que eu simplesmente não fiz.

1. Resolver as pendências da minha vida. 
O plano era escrever tudo o que eu sentia por 'ele' num caderno e entregar na cara e na coragem. FEITO. Com algumas alterações, claro, foram 13 página de Word, anexadas num email simples, ele leu, me ligou, saímos e não teve nenhum final de filme; colocamos os 'pingos nos is' e cada um seguiu seu caminho.
2.Fazer faculdade de economia.
Não passei na prova da Fuvest, e esse ano fiz um monte de coisa diferente. Resultado final: não passei em nenhuma pública e provavelmente farei um curso radicalmente diferente de Economia. Como eu me sinto? Doeu um pouco quando percebi que não era nenhuma nerdizinha, mas como dizem: quando tem que acontecer, acontece.
3. Tirar carta.
Não cumprido. Devido a problemas financeiros, meu pai continua tendo que ser meu motorista oficial. 
4. Ir no maior número possível de shows do Catch Side!
Não fui em nenhum show deles e pra completar a banda se desfez. Mas pra compensar meu lado tiete fui num show do Scracho em São Paulo e fiquei feliz da vida, me rendeu uma boa chance de ser safadjenha e de quebra tenho fotos perfeitas com todos os integrantes da banda. (Claro que a @beecka foi a culpada responsável por isso)
5. Deixar de ser anti social.
O plano era me tornar uma pessoa melhor ao me mudar pra São Paulo. Acabei não me mudando, mas ao me deparar com o emprego de secretária acabei sendo forçada a despertar a pessoa legal de dentro de mim.As pessoas até me consideram uma pessoa extremamente legal e atenciosa. FEITO.
6. Conhecer/reencontrar amigos de internet.
Não reencontrei o Kelvin, e não vi o Matheus. O plano de ver a Beecka toda semana também não deu muito certo: vi ela por apenas 3 dias esse ano. Essa foi uma das metas que me deixou mais triste por não cumprir, mesmo.
7. Conhecer, me apaixonar e pegar (não necessariamente nessa ordem) um cara BEM gato, simpático e inteligente.
Não conheci nenhum cara realmente gato esse ano, mas me apaixonei (e peguei ;x) um bem inteligente e simpático, como a meta não incluia ter um romance longo e duradouro posso considera-la  parcialmente cumprida mesmo sem ter conseguido um namorado pra chamar de meu.
8. Comprar uma máquina fotográfica fodona profissional
Simplesmente por problemas financeiros o verbo comprar foi abduzido do meu vocabulário esse ano. 
9. Começar (e terminar) meu livro.
Sentei algumas vezes para escrevê-lo, mas não consegui construir nem um mísero parágrafo. Infelizmente, deixei muito a desejar nessa área da minha vida.
10. Me esbaldar com as comidinhas de São Paulo.
Não comi nada de muito especial esse ano, nem em São Paulo nem em lugar nenhum. Ainda assim devo ter adquirido uns 5kg a mais esse ano, ou pelo menos minhas medidas pularam de 36 para 38. Tragédia.

Saldo: 2 metas cumpridas e 1 parcialmente cumprida. Confesso que mantenho para 2011 os desejos de cumprir as metas 3, 6, 9 e 10. 

Mas desejo mesmo que 2011 seja um ano cheio de dinheiro - não é pecado algum desejar isso -, de inspirações, de maturidade - porque sem isso fica dificílimo superar qualquer problema -, amor  - de todas as formas e intensidades -, reciprocidade - porque a vida fica bem melhor quando você tem respeito, admiração e  paixão de maneira mútua - , coragem - a  vida de cada um é feita de escolhas, e é preciso coragem para escolher aquilo que a gente realmente acredita ser o melhor -, e Deus porque eu não teria conseguido suportar 2010 se eu não O tivesse me guiando e me mantendo de pé.
Que nosso 2011 tenha isso, e muito mais!! Porque o sabor de viver é saber que amanhã tudo pode ser diferente e que não há nada de errado em mudar de idéia, de planos, de destino e de futuro!!


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Transparências

As vezes eu me sinto muito transparente. Fico filosofando sobre as coisas que  aprendi com qualquer um que se dispuser a me ouvir, chamo de amigo aqueles que sorriem para mim. E sofro por isso.
Sofro porque as pessoas não se importam com as minhas palavras, não se importam comigo. Tudo na verdade não passa de uma troca; elas me ouvem enquanto eu ofereço algo que elas querem  e de repente elas vão embora. E eu sofro por isso.
Sofro porque embora eu não seja alguém tão sociável eu realmente me apego as pessoas. Me apego aos sorrisos, as piadas, aos sotaques. Eu amo muito também, muitas pessoas e intensamente. Esse é meu maior dilema sou tão intensa em tudo que acabo vivendo dentro de uma fantasia, sozinha. E eu sofro por isso.
Sofro na mesma intensidade que eu amo. Ao mesmo tempo. Sou uma antítese, sou extremos, sou aquela que a maioria é.
Tenho medo de verbalizar essas coisas, por isso escrevo. Escrevo por ser transparente, e escrevo aqui porque tenho uma necessidade absurda de ver como as pessoas reagem diante do que eu sou; porque preciso muito me enxergar de um outro ângulo.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

It hurts

Está doendo muito agora, essas lágrimas cortando meu rosto. Está doendo ver que você me excluiu da sua vida. Doeu reler cada palavra que eu mesma escrevi, e fiz questão de que você lesse. Está doendo lembrar das suas palavras e do seu sorriso, sabe? Aquele sorriso que me fez ter bons sonhos por tantas noites. Não vou dizer que te amo, sabe como é, não seria muito maduro da minha parte voltar a falar sobre isso. Mas de repente voltou a doer. Como um osso que dói sempre que faz frio mesmo já estando no lugar certo. Eu queria te ligar agora, ouvir sua voz e saber como está sua vida. Já fazem 328 dias desde que te vi pela última vez. Não vou mentir, aprendi a te esquecer na maior parte do tempo, mas hoje não consegui. E doeu lembrar de tudo. Não porque tenha sido triste, mas doeu por parecer ter acontecido a anos atrás. E está doendo mais agora porque você não deve sentir a minha falta, não deve sentir saudade, não deve querer me ver. E como todas as outras vezes tenho medo demais para ir atrás de ter certeza.


Forever and ever! For all the all

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Sobre todos eles

Eu sei. Não sou alguém que só amou uma vez, como tantas outras meninas que já encontrei. 
Não me arrependo disso, mesmo. Depois de um tempo chorando e lamentando você percebe que os meios compensam o fim. E que as vezes acreditar que ainda não terminou é sim uma alternativa considerável.
Eu amo, amei e vou continuar a amar. Aquele moço que me disse que não ficaríamos juntos porque era tarde demais. Daquele que me fez rir e chorar e querer bater nele, tudo em uma mesma conversa. Daquele que me desafiou e me perdeu. Aquele que me fez sorrir mesmo quando meu mundo estava caindo. Continuo amando aquele que me segurava nos braços e não tentava me esconder. Aquele que fazia questão de que tudo fosse um segredo. Aquele com quem eu desejei que o mundo parasse. E aquele que eu ainda espero que volte para mim.
Já escrevi tantas vezes sobre eles, mesmo sem ter certeza de que eram pessoas distintas.
O que eu estou tentando dizer é que meus amores, por mais tristes, doloridos e trágicos que tenham sido estarão sempre na minha memória, eu me orgulho deles, de todos eles. Me orgulho de ter amado, me orgulho de ter superado, me orgulho de ainda acreditar que existem finais felizes, mesmo que eles não durem para sempre.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Only you

Quando tudo mais deixa de fazer sentido, e quando todos aqueles que me amam não são suficientes para te tirar da minha cabeça é que eu percebo que deixei de ser racional. Talvez esta seja a razão de você ter ido embora. Ninguém quer alguém irracional como companhia.Talvez você tenha ido embora porque eu não fui o bastante para você. Pode ser que você tenha percebido que eu não fazia o seu tipo, ou ainda não estava disposto a me ver de moletom. Pode não ser. Meu maior medo hoje, é que pode ser que não tenha tido nenhuma razão especial. Apenas não era para que você continuasse aqui. E nesse caso, nada do que eu fizesse iria realmente importar.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Entre partidas e chegadas.

A porta fazia aquele barulho irritante de quando não fecha completamente e fica batendo de leve por conta do vento, mas não havia ninguém ali para se incomodar com isso. A casa estava vazia. Como quando alguém acaba de sair. Alguns eletrônicos ainda estavam na tomada, o banheiro ainda cheio de vapor. 
Dava para sentir um cheiro sutil de perfume naquele travesseiro, mas essa era a unica prova de que alguém estivera ali. 
Não dava para saber se ela sofria por ele ter partido, mas me pareceu que ele jamais voltaria. Havia algo de triste naquilo. 
A porta ainda batia, sempre de leve, sempre ali. Num estranho compasso que não me deixava esquecer que alguém havia ido embora. O tempo passou depressa e o banheiro estava cheio de vapor novamente.
Agora eu podia vê-la, entretida em algo singelo e corriqueiro, sozinha. 
Pela porta entreaberta alguém se aproximou e eu pude ver a energia entre aquelas peles. Sem nenhum pudor ou justificativa ambos se tornaram um. O perfume que eu agora sentia era completamente desconhecido, se é que isso faz alguma diferença.
E foi quando a porta começou a bater de leve por conta do vento que eu percebi que aquela noite tinha terminado.


Sobre o que me faz feliz entre partidas e chegadas
em resposta a Flávia Corrêa 

sábado, 9 de outubro de 2010

eu continuo querendo

Eu te amo. Isso resume todas as palavras que me coração grita quando eu te vejo, mesmo quando você faz questão de mudar de caminho pra não me encontrar. Mesmo quando eu tenho certeza de que você não sente a mesma coisa por mim. Ainda assim eu te amo. Não que eu realmente tenha uma tradução real do que seja esse amor, porque acho que eu não sei. A única coisa que eu sei é que hoje, quando me ouviram contar a nossa historia e me perguntaram o que mais eu queria, eu respondi sem precisar pensar que te queria pra sempre.
Eu costumava pensar que o tempo cura tudo, mas hoje me assustei com a possibilidade de ter que conviver com isso pra sempre. Exatamente como nos filmes, me assustei em pensar que pode ser que eu te ame enquanto eu viver. Pode ser que eu sempre te considere perfeito pra mim, e pode ser que eu continue sonhando com você enquanto eu ainda conseguir sonhar.
Entenda que não estou nem reclamando, nem tentando te convencer de nada, eu só precisava compartilhar isso que está me amedrontando.
O esquisito é que eu consigo ver a possibilidade do amor em outros olhos, consigo achar outras vozes doces e que ainda assim, de repente é você que me vem a cabeça. Nesse ciclo frustrante de te querer sempre por perto,  de te ver escondendo teus olhos.. uma lágrima escorre banhando o meu sorriso que hoje, e só por hoje, é todo seu.

Ah, eu por um lado te entendo 
Mas eu continuo querendo ♪  
(Pelo tempo que for - Scracho)

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Foi só um sonho.

Seus braços em volta do meu corpo, sua respiração ofegante em meu pescoço, um silencio tremendamente sugestivo..
Foi essa a situação que vi instantes antes de acordar. Lamentei mentalmente ter acordado, virei do outro lado da cama, fechei os olhos, reproduzi a cena, e torci.. torci pra voltar para aquele lugar. Besteira.Virei mais uma vez, abracei o cobertor e gritei em meus pensamentos palavras desagradaveis. Em parte por ter sido você, o mais inalcançável do seres, a me incomodar enquanto eu durmo; e em parte por ter sido tão rápido.
Coração acelerado, de novo, só de pensar num encontro assim. De noite, no frio, sem pensar nas consequencias. Besteira. Eu já sei as consequencias decor e salteado. Raiva, é isso que eu sinto por pensar. Dá pra parar, por favor, de ficar aparecendo na minha cabeça? Isso é desagradável. Não totalmente, na verdade esse sorriso me deixa mais contente. Não, não, não. Eu preciso colocar um fim nisso.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

... não é amor!

Não me lembro de ter feito isso alguma vez aqui no blog, mas decidi fazer hoje. Segue um dos textos em que eu realmente me identifiquei, na íntegra, com os devidos créditos.


Gostaria de entrar na sua mente apenas por breves momentos. Seria o bastante para entender tudo que está fazendo comigo. Dizem que os olhos são a janela da alma, mas os seus nunca me revelam nada, e eu simplesmente não consigo decifrá-los. E fala sério, fingir que nunca aconteceu nada e me ignorar não é o melhor caminho. Não para mim. Aliás, qual é o caminho? Te evitar e sequer te olhar nos olhos? Logo os teus, que apesar de indecifráveis, são os meus preferidos. Ou então abrir o jogo de uma vez e esclarecer para mim o que realmente aconteceu? Me dizem que eu deveria estar brava, mas não estou. E dizer que me apaixonei por você, seria mentira. Mas o simples fato de te ver, me deixa alegre. E, sinceramente, não sei se tem como não gostar disso.

sábado, 11 de setembro de 2010

A última noite.

Eu choraria por você, e confesso que você nesses últimos dias é unica coisa que realmente me faz querer chorar. Eu choraria por ter certeza de que o que eu sinto nunca vai mudar, e choraria por saber que essa frase é ridícula. Choraria por pensar que talvez, e somente talvez, você tenha tomado a decisão certa de se manter distante. Choraria por ter vontade de sorrir toda vez que te vejo, e choraria por ser tão covarde e não conseguir te olhar nos olhos. Choraria por lembrar de todas as vezes que você fingiu não me ouvir, e que não respondeu as minhas perguntas. Choraria por ainda não saber o porque decidi ser tão sincera contigo, e choraria por estar me sentindo tão maluca. Eu choraria toda uma noite por sua causa, e só pensando em você. E choraria tudo, tudo mesmo o que me machuca, se eu tivesse certeza de que quando as lágrimas finalmente cessassem eu conseguiria  colocar um ponto final nisso. Eu choraria.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Não é amor, não é só vontade

Lágrimas, foi no meio de lágrimas que eu finalmente consegui me encontrar. Não totalmente, não cheguei a achar que isso tudo me traria uma revelação do meu mundo todo. Isso mesmo, do meu mundo. Gosto de fingir que estou falando com você, imagino diálogos durante o banho, enquanto trabalho e quando tento dormir. Ontem eu não pensei em você, não na hora de dormir, mas isso foi porque tomei um remédio contra a gripe, gostei disso. Pensei em trapacear hoje, e tomar de novo, mas não, isso não é certo.  Pensei então em ler um livro pra me desligar, mas percebi que na minha estante só tenho romances, e livros técnicos. Preciso de um livro de terror. Acho que não funcionaria, porque filme de terror me lembra do dia em que você me ligou, só pra dizer que deveria estar ali assistindo comigo, segurando minha mão. Estou misturando as coisas né? Isso era pra ser a coisa certa, do jeito certo. Não consigo. Não estou fazendo drama, nem charme, nem estou implorando nada, porque se eu aprendi alguma coisa desde minhas ultimas lágrimas, é que eu sobrevivo e supero, sempre que eu quiser. Mas seria realmente legal se fosse recíproco, se houvesse pelo menos um fio de esperança. Não vou dar nomes pra isso que estou sentindo, porque não é amor, não é só vontade, é algo que eu não sei explicar, ainda. Só sei que eu apresentaria você pra minha avó, e isso deve significar alguma coisa.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

nos rabiscos

... não que eu ache que as minhas palavras sejam de alguma forma uteis, ou que eu tenha a pretensão de te convencer das minhas verdades, eu nem tento, elas devem ser mentiras.
mas te encontrei nos meus rabiscos, entre as linhas e no meio da minha dor. não que esteja realmente doendo, hoje me disseram que isso é apenas ilusão, e que dor, na verdade não há. deve ser verdade.
eu decidi não mentir, é serio. não tenho fingido sorrisos e amores eu não invento mais. aderi ao café da manhã, como você me aconselhou. parei de lamentar pelas coisas que me incomodam, agora eu fujo delas. mas isso não é sua culpa, nem minha. achar o culpado não muda nada, e é de mudança que eu preciso. mentira.  não preciso de mais nada, eu te disse que parei de lamentar, né? 
de repente fico pensando onde foi que eu me perdi, ou será que essa é realmente aquela que sou. você deve saber, mas isso não importa. nada mais importa, nada onde há você importa. achei esquisito quando te li no meio de minhas palavras, eu já superei isso. mas você estava ali, e aqui...

maíúsculas tornariam tudo mais claro, só que é tarde demais.




domingo, 8 de agosto de 2010

Ao regador de plantinhas

Mais uma vez me vejo confusa. As opiniões sobre você são tão divergentes que a minha vontade é não supor nada. Seu olhos me parecem sempre cansados, como se precisassem urgentemente de um porto seguro. Eu costumava pensar que os olhos nunca mentem, mas as pessoas me pedem para duvidar disso.
Você me parece tão interessante, intrigante mesmo, sabe? Esse seu sorriso de lado, meio galanteador, meio inseguro. Sua voz ensaiada e suas palavras tão clichês.
Fico encantada com suas expressões quando eu digo algo que você não espera, ou quando finjo não me importar e você sabe que é fingimento. Gosto quando o celular toca e é você que está ligando, e gosto quando te vejo entrar por aquela porta. Gosto de ser perto de você, de ser alguém mais admirável.
Me é estranho ter você por perto, ter suas palavras ecoando na minha cabeça, não te ter de verdade.
Você restaurou algo em mim que já estava esquecido, me deu um novo motivo para sorrir e não sei mais se isso é bom. Não sei o que você realmente pensa, nem até que ponto você mente, não sei o que você quer.
Posso ser essa menina, mas algo dentro de mim sorriu quando eu te vi pela primeira vez. Você me conquistou com essa prepotência, com esse seu ar de superioridade; quem disse que regar plantinhas não dá dinheiro, né?!
Gosto de você, gosto de mim com você. Gosto.
Não sei se é certo ou errado, não sei onde isso vai dar, mas eu vou vivendo, tentando viver. E se nossos caminhos realmente se cruzarem, quem sabe então seremos parte de uma história feliz.
Ao regador de plantinhas, com carinho.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Era noite...

A noite estava fria, e a lua brilhava de um jeito tão convidativo que tive que me deitar para olhá-la de um ângulo melhor.
Ali deitada tudo aquilo de que eu estava fugindo veio a tona. Eu não pude mais mentir.
Você é com certeza o meu pensamento mais frequente. Você tem a voz que me faz tremer, e as únicas mãos que se encaixam nas minhas.
E ontem, olhando a lua tão pura e distante percebi que não importa o que os otimistas digam, eu nunca vou ser com alguém o que eu quis ser com você.
Não importa o que você diga, eu sempre vou encontrar um modo de te fazer perfeito. Perfeito pra mim.

As pessoas tentam me convencer de que o problema é você e as suas escolhas erradas. Mas as estrelas ontem me disseram que ninguém pode prever o que vai acontecer.
Passei horas ali, pensando em como agir a partir de agora, e em como as coisas são imprevisíveis. Gastei as minhas horas com você. E não tenho coragem de me arrepender por isso.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Eu me apaixonei

Eu descobri que me apaixonei por você. E eu preferia que não fosse assim, não agora. Isso poderia ter sido evitado se eu não tivesse te visto sorrir, se você não tivesse sorrido por mim. Talvez se você não tivesse chegado tão perto a ponto de eu sentir o teu perfume isso realmente não tivesse acontecido.
Eu não entendo as suas pretenções, e não sei como agir com você. Você me intriga. Me confunde. Me confunde de um jeito que já me confundiram antes, e essa coincidencia também me perturba.
Considero que a pior parte disso é o bem que você me faz. Porque eu realmente gosto de quem eu fui com você, de quem você me permitiu ser. Gosto do quanto fico a vontade com você, e de como eu posso ser transparente ao seu lado.
De repente eu aceitei ser sincera com você, e esse foi o meu maior risco. De repente não ter medo de ser sincera com alguém é a parte mais surpreendente dessa história. E se for assim, nada é tão valioso quanto te ter comigo.


Why would you wanna make the very first scar?
Why would you wanna break a perfectly good heart?
Taylor Swift

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Eu queria, de novo.

Eu queria não sentir vontade de chorar quando todos me dizem que o nós é uma mentira. Queria que por um momento você fosse totalmente sincero, e que não me deixasse confusa, mentira, eu queria que você nunca mentisse.
Queria ter seu sorriso sempre perto de mim, e seu olhar sempre em minha direção. Parece que eu queria te ter.
Queria acreditar ser boa o bastante para você, e queria que você me quisesse repetidas vezes na sua vida. Não queria mesmo ser mais uma, e queria que isso não fosse inevitável.
Eu queria não sentir vontade de fugir por medo de me decepcionar. Eu já fugi uma vez, sabia? E não foi a melhor escolha.
Eu queria não querer você; queria não querer ser desse jeito, ser com você. E eu queria.

Eu vou tirar você e eu de nós
o dito pelo não tido
Eu vou tirar você de mim ♫
Zélia Duncan

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Tento, finjo, minto.

Os minutos passam com tanta pressa, que por vezes eu penso que o relógio está com problemas. Não sei bem como estou vivendo, talvez seja só aquela coisa de sobreviver. Tento esquecer das expectativas e dos sonhos que me motivavam. Finjo que não queria amar, e ser amada.
Tento, finjo e minto. Não necessariamente nessa ordem.
Já faz tempo que não tenho mais o controle da minha vida, e pensei que isso até seria algo bom; não tenho mais certeza.
Sinto que, um dia, tudo vai ficar bem. Mas é realmente difícil suportar este intervalo.

domingo, 2 de maio de 2010

Fiquei tão só, aos poucos. Fui afastando essas gentes assim menores, e não ficaram muitas outras. Às vezes, nos fins de semana principalmente, tiro o fone do gancho e escuto, para ver se não foi cortado. Não foi.
Caio Fernando Abreu

domingo, 11 de abril de 2010

Os olhos dele eram tristes, como se algo muito ruim estivesse acontecendo. Eles vagavam de um lado para o outro e eu podia ver o quanto ele estava só. De fato, aquela mão entrelaçada na dele parecia tornar as coisas mais difíceis, mas aquilo não me dizia respeito.
Nossos olhos se encontraram, e de um jeito incoerente, eles se compreenderam. Não trocamos palavras, explicações, nem mesmo telefones. Trocamos apenas um sorriso discreto e logo seguimos caminhos distintos.
Durante as horas decorrentes as imagens daquele momento foram vagamente se misturando com outras muitas imagens vistas, e não havia nada que eu pudesse fazer para impedir.
Mas naquela noite eu percebi, meu coração estava batendo mais forte..

quarta-feira, 10 de março de 2010

Nostalgie

Mesmo que o tempo passe, e acredite ele passa, não consigo não colocar você nos meus planos.
Não ouso dizer que queria te ter uma última vez, pois de um jeito estranho e incoerente gostaria de ter você na minha vida repetidas vezes.
Já conversamos sobre isso, concordamos que não daríamos certo, mas vejo em você as qualidades que prezo e os defeitos que posso suportar.
Dizem que eu vou encontrar outro alguém para amar e que seremos compatíveis, deve ser verdade.
Só que não importa quanto tempo passe ou o quanto eu ame outra pessoa, eu sei que vou amar, você será sempre alguém com quem eu teria vivido feliz.
As vezes quando eu estou muito alegre, olho para os lados desejando a sua presença ali, em parte para ver o meu sorriso, em parte para sorrir comigo.
Queria que através das minhas palavras você sentisse que não há tristeza em mim, não há mágoas, tampouco raiva e acusação. Pra mim é só saudade. Saudade de dedicar tempo a você, saudade de descrever os sentimentos e emoções que você causa em mim. É só saudade.


Eu vou tentar seguir todos meus sonhos
E sei que lá eu posso te encontrar ♫
(Sorrir Chorando - Catch Side)

quarta-feira, 3 de março de 2010

No passado

Eu costumava ser uma pessoa melhor quando eu acreditava que o amor ia bater a minha porta sem aviso prévio. Quando eu conseguia acreditar em amor sem fronteiras, sem distância, sem maldade.
Eu costumava ser uma pessoa melhor quando eu acreditava que pessoas boas viviam mais; quando eu pensava que algumas pessoas viveriam 150 anos.
Eu costumava ser uma pessoa melhor quando me doava quase que completamente para as minhas certezas; quando sabia agir por impulso e tinha coragem para isso.

Um caminho surge em minha frente, não sei onde me levará, não sei quanto tempo vai durar, nem se alguém vem comigo. Mas me parece coerente segui-lo.
Uma estranha sensação se aflora dentro de mim, de repente o desafio é ser sozinha. No sentido literal e metafórico.
Não ouso mais dizer sobre certo ou errado, mas eu costumava ser uma pessoa melhor.


segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Uma caixinha

Ela era uma menininha durona. Todos que conviviam com ela sabiam que ela amava diferentes pessoas, de diferentes formas. Mas o que poucos sabiam é que ela tinha uma caixinha. E que toda vez que ficava sozinha a caixinha aparecia ao lado dela. Pequena, discreta, trancada.
Um dia, mesmo sem chuva, uma triste coisa aconteceu. Então menininha chorou, e ninguém a compreendeu. Ela pegou a caixinha, abriu receosa e ali guardou aquela tristeza. A sensação que ela tinha era de que enquanto a caixinha estivesse fechada, não precisaria chorar por aquilo de novo.
Ela não queria chorar de novo, e não conseguiria lidar com aquela dor.
Mas havia algo de errado com a caixinha, a tranca parecia não aguentar a força daquela tristeza. Cada vez que a menininha ficava sozinha, sentia medo de que tudo viesse a tona.
A menininha não deixou de ser durona, mas cresceu com medo daquelas lágrimas. Não criou coragem de enfrentar a dor, e por isso, sofria toda vez que ficava sozinha.

Não tão autobiográfico como eu gostaria. A caixinha continua fechada, e fica difícil escrever sobre
a tristeza que há nela.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

BBB

Pra quem não teve a sorte de ganhar nem um milhãozinho na Mega Sena da virada, pode fazer como eu e sonhar em ganhar o Big Brother Brasil.

Se eu tivesse a chance de estar na casa mais vigiada do país, eu não iria perder tempo com os discursos. Eu iria entrar com tudo. É claro que eu não conseguiria entrar pro time das boazudas, mas com o meu jeito 'faço comentários inteligentes' eu descolaria uma vaga na panelinha dos queridinhos do Brasil. Cheia de energia, me esforçaria pra fazer as pessoas se divertirem. Não indicaria ninguém pro paredão por motivos de afinidade (fala sério, quem é que elimina alguém por AFINIDADE? A gente só escuta essa palavra no confessionário). Lá pra 3ª semana eu arranjaria uma briga com aquela guria metida que fica falando mal de todo mundo. E se eu sobrevivesse depois disso iria continuar me jogando na piscina, malhando (?) na academia, dançando horrores nas festas, curtindo pra valer. Se eu arranjaria um bofe na casa? Só se alguém me quisesse, né...

Pauta pra Capricho - O que vocês fariam dentro da casa para ganhar o prêmio que agora é 1,5 milhão?

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O que acontece depois...

Eu já amei intensamente, já me desiludi com o mundo e com as pessoas, mas no momento, eu sinto raiva daqueles que me ensinaram que tudo precisava de um fim.
Sinto raiva de não ter aprendido antes que era só mudar de capítulo e as coisas melhorariam. Sinto raiva de não ter aprendido antes que quando eu enfrentasse, e não precisava ser de frente, a dor finalmente teria fim.
Preciso dizer que nenhuma pessoa é tão ruim quanto a gente acredita, e que não precisa de muito tempo de diálogo pra descobrir isso.
Que existem pessoas que vão nos fazer chorar, e que em meio a essas lágrimas também vão nos fazer sorrir. Não por nos oferecerem aquilo que esperamos, mas por dividirem com a gente as suas verdades.
Que não há como viver uma vida própria se baseando nas experiências e verdades dos outros. Que é preciso criar a sua própria opinião e seus próprios conceitos.
Que uma mentira dita mil vezes não se torna verdade. E que o tempo perdido não volta jamais.
Depois de um tempo vivendo, você percebe que é preciso aproveitar cada instante. Mas que algumas vezes é preciso ter alguém que nos lembre disso. E que é bom ter por perto pessoas com coragem de te mandar superar, viver e amar, por mais arriscado que essa ordem seja.
Você percebe que estar ligado a alguém, é se alegrar com as coisas que o fazem feliz. E percebe o quanto um sentimento é intenso, ao sorrir sinceramente mesmo sentindo raiva, ciúmes e frustração com as suas conquistas.

Então você se sente realmente aliviado em descobrir essas coisas. Se sente bem, por conseguir criar expectativas de um futuro melhor. Por conseguir olhar pra trás e deixar as frustrações lá. Quando você aprende todas essas coisas, você finalmente se torna capaz de se fazer feliz.
Você deixa de culpar as pessoas pelas suas dores e deixa também de se culpar por elas.
Você cria coragem para olhar as suas feridas e ri ao lembrar de como as conseguiu.
Você sorri dos momentos que viveu, e acredite, você se sente agradecido por tudo o que aconteceu.
Ou talvez isso só seja verdade pra mim. Talvez esse tipo de remédio seja tão específico que copiar a receita seja prejudicial. Eu não sei.


Quem acompanha o blog há mais de um ano, leu muitos textos meus sobre uma desilusão amorosa. Nesse novo ano, achei justo contar como é superar e o que acontece depois disso.