quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Vai moço, vai.

Venha cá moço, e me faz um cafuné. Me deixa deitar no seu colo e te contar meus medos. Me deixa abrir esse coração ferido, e me faz acreditar que não tem problema ficar assustada.  Não moço, não tente me consolar, nem queira me fazer esquecer essa dor. Só me deixe encostar no seu ombro e chorar. Me deixa lamentar meus problemas, minhas ansiedades. Me responda com um abraço, um olhar, uma frase curta, qualquer coisa. Venha cá moço, e me deixe aninhada no seu peito. Me deixa agir como essas crianças manhosas que se escondem quando tem medo.
E então me faz um favor: grita pro mundo o nosso fim.
Grita que as coisas não estavam bem, e grita suas dores junto com as minhas. Grita a saudade dos nossos momentos bons, grita o incomodo de tudo que foi ruim. Grita tudo. Se desafoga dessas mágoas, dessas esperanças. Não tente me interpretar, garanto que essas linhas todas estão cheias da mais sinceras emoções. Apenas leia, e guarde pra você. E se puder, guarde em você tudo aquilo que você sentiu. Eu te amei, com tudo que eu pude e sei que você me amou também. Não precisa fingir que isso tudo foi mentira. Mas grita, grita tudo aquilo que foi ruim. Depois, enterra de vez essa história que não deu certo. 
Caramba, você sabe que eu sou das mais sinceras possíveis, e também sabe que eu nunca, nunquinha mesmo, gostei de colocar ponto final nas coisas. Mas para que haja alguma chance de eu e você sermos nós outra vez, o passado - e tudo o que se passou nele - tem que ser superado, tem que ser curado, tem que ficar pra trás.
Entenda que eu não estou aqui mandando você se jogar nos braços de uma garota qualquer, mas, se esse for o único jeito pra você superar, pra você se encontrar, pra você seguir em frente: vai em paz moço, vá em paz.