domingo, 11 de abril de 2010

Os olhos dele eram tristes, como se algo muito ruim estivesse acontecendo. Eles vagavam de um lado para o outro e eu podia ver o quanto ele estava só. De fato, aquela mão entrelaçada na dele parecia tornar as coisas mais difíceis, mas aquilo não me dizia respeito.
Nossos olhos se encontraram, e de um jeito incoerente, eles se compreenderam. Não trocamos palavras, explicações, nem mesmo telefones. Trocamos apenas um sorriso discreto e logo seguimos caminhos distintos.
Durante as horas decorrentes as imagens daquele momento foram vagamente se misturando com outras muitas imagens vistas, e não havia nada que eu pudesse fazer para impedir.
Mas naquela noite eu percebi, meu coração estava batendo mais forte..