sábado, 26 de março de 2011

Sem pretensões

Desculpa escrever assim sobre você, descaradamente. Mas é que fazia muito tempo que eu não ria tanto. Que eu não era feliz assim, sem pretensões. Já peço desculpas, pro caso de você ler e entender errado minhas palavras. Mas é que momentos assim não passam despercebidos. Tantas teorias, histórias e testes. Sem autoexplicações e descrições mal feitas. Só uma boa conversa. Só uma boa pessoa. Só uma noite qualquer. Dois psicopatas e tantas outras intenções. Fazia tempo que eu não sentia vontade de escrever sobre algo totalmente bom, sem um quê de tristeza. Fazia tanto tempo de tanta coisa que nem compensa verbalizar. Mas eu queria deixar bem claro que apesar dos apesares não é algo que eu possa simplesmente desprezar. Não é algo que eu vá desprezar. Não é algo.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Sou dessas garotas.


Sou dessas garotas que trocam, mudam ou simplesmente descartam suas idéias. Sem pudores, tristezas ou afins. Sou dessas garotas, que mesmo com dezenove anos nas costas, ou na costa, não sei, insistem em serem garotas. Sou essa que vezenquando para pra ler Caio Fernando Abreu, e sorri ao ler Antonio Prata, por entendê-lo. Que entende o humor cítrico da Tati Bernardi e as filosofias do tal Dostoievski. Sou meio assim, viciada em séries policiais e sagas sobre vampiros e lobos. Garota, lembra?
Sou essa viciada em amor. Recíproco, solitário, inventado. Seja ele qual for, com prazo de validade, com contra indicações. Sou dessas que prefere um texto, a um sms. Uma visita a uma ligação. Não sei bem se me conheces, sou dessas que deixa o celular tocar, mesmo quando posso atender. Assim, sem ressentimentos.
Sou dessas que prefere miojo, porque fica pronto em três minutos. Que prefere pipoca, refrigerante e um bom pedaço de carne. Sou essa que sonha em escrever algo muito bonito e memorável, que sonha em se perder em palavras e finalmente se encontrar. Sou essa, sou dessas, e vira e mexe sou dele.

Não que eu tenha a pretensão de me comparar com Chico Buarque, mas é que essa música cabe mesmo em mim.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Como da ultima vez.

Chuva, chuva, chuva. Como se não bastasse toda angustia e ansiedade daquele coração, precisava estava estar chovendo. como naquelas historias de filme, onde os dias de tragédia nunca são ensolarados. É claro que nenhuma tragédia abateu o mundinho feliz. Aliás tudo estava indo muito bem, obrigada, pelo menos era isso que ela dizia. Mas essa coisa de deixar rolar, e de não ter o controle nunca foi algo com que ela se sentisse confortável. Essa coisa de se controlar, e esperar pela reciprocidade, que nem era certo que existia, sempre a deixou maluquinha. Ela já tinha sido uma menininha mimada, já tinha sido uma menininha ogra, uma menininha inconsequente. Mas dessa vez ela estava agindo como mulher, pela primeira vez. Sendo racional, logica e consciente. Sem ter o controle de nada, sem poder ir correndo lá e descobrir o que se passa no outro coração. Sem poder fazer nada, e se sentindo a mais incapaz das mulheres. Incapaz de aceitar isso, e de ficar bem, porque todo mundo sabia que esperar era a unica opção. Mas o espirito de aventura que a invade de vez em quando queria que ela se arriscasse, como da ultima vez, duas vezes. 
E com tantas novas possibilidades, ela se culpava por estar tão vidrada naquela historia, que nunca foi bem resolvida. se culpava por querer estar e ter por perto, se culpava por querer aquilo que no momento era impossivel de se ter. Ela estava se sentindo culpada, confusa e totalmente idiota, por mais uma vez ter se arriscado assim.