sexta-feira, 23 de março de 2012

Vem moço, outra vez.

Sabe moço, queria olhar dentro de ti uma vez e compreender como é que você me enxerga. Queria saber que opiniões a respeito de mim você carrega nesse peito estufado. Queria saber que sorriso meu você guarda como favorito e se pensa em mim mesmo quando estou distante. Sabe moço, fico curiosa de saber se teu jeito é mesmo esse ou se você fica diferente perto de mim, entende? Queria conhecer o você além de mim, além dessas minhas manias e distrações. Queria saber quais são seus sonhos mais genuínos e se os meus combinam com eles. 
Sorria meu querido, esse meu querer é bom. É sinal de que você me intriga, me interessa, ainda me seduz. Moço, vem cá, bem perto, e sussura em meu ouvido confidências, me deixa sentir teu perfume, senta comigo no sofá e tenta me impressionar com suas idéias. Deixa cair no chão suas defesas, e não se incomode com meu sorriso satisfeito. Me abraça e faz com que eu queira ficar ali pra sempre. E por favor, queira ficar ali também.
Não venha me dizer se você é bonzinho, tímido ou canalha, me deixa descobrir tudo isso em você. Me deixa tirar minhas dúvidas, me deixa moço, ficar bem perto e olhar dentro de você. Me deixa te observar pra sempre, e fica comigo sempre que eu precisar.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Desespero

O desespero, o medo, uma assombração. Como num passe de mágica a calma rotina muda e poe um fim naquela tristeza sem motivos. Os motivos estão ali, bem na frente. O peito dói, o corpo treme e não há nada que coloque o mundo de volta no lugar de antes. Medo. Eu já disse que tenho medo? Medo do que se segue, do que se passou, do que eu possa vir a fazer. Enquanto me despero aqui, num canto, ninguém é capaz de me salvar, nem o amor, nem o silêncio. As lágrimas correm desperadamente, como se até elas quisessem fugir daqui. O sorriso desapareceu, e aquele ar leve de menina travessa deixou um bilhete de que nao iria mais voltar. Compreende a minha dor? Compreende o estado louco de espirito que me encontro, querendo fugir e desaparecer e deixar todas as consequencias e problemas nessa vidinha que eu nem sei se me fazia feliz. Compreende que não há culpados? Só há de fato a vontade louca de sumir e de deixar o tempo passar e apagar esse sombrio momento. Não quero estar ouvindo esses meus pensamentos que julgam e atormentam. Não quero estar ouvindo a consciencia dizer que estava previsto. Não quero passar por isso, não agora, e talvez nunca. Quero sentar e chorar e chorar e chorar e chorando expulsar todo o ser pensante de dentro de mim. Estou desesperada e não há nada que possa me salvar de mim mesma.