quinta-feira, 26 de agosto de 2010

nos rabiscos

... não que eu ache que as minhas palavras sejam de alguma forma uteis, ou que eu tenha a pretensão de te convencer das minhas verdades, eu nem tento, elas devem ser mentiras.
mas te encontrei nos meus rabiscos, entre as linhas e no meio da minha dor. não que esteja realmente doendo, hoje me disseram que isso é apenas ilusão, e que dor, na verdade não há. deve ser verdade.
eu decidi não mentir, é serio. não tenho fingido sorrisos e amores eu não invento mais. aderi ao café da manhã, como você me aconselhou. parei de lamentar pelas coisas que me incomodam, agora eu fujo delas. mas isso não é sua culpa, nem minha. achar o culpado não muda nada, e é de mudança que eu preciso. mentira.  não preciso de mais nada, eu te disse que parei de lamentar, né? 
de repente fico pensando onde foi que eu me perdi, ou será que essa é realmente aquela que sou. você deve saber, mas isso não importa. nada mais importa, nada onde há você importa. achei esquisito quando te li no meio de minhas palavras, eu já superei isso. mas você estava ali, e aqui...

maíúsculas tornariam tudo mais claro, só que é tarde demais.




domingo, 8 de agosto de 2010

Ao regador de plantinhas

Mais uma vez me vejo confusa. As opiniões sobre você são tão divergentes que a minha vontade é não supor nada. Seu olhos me parecem sempre cansados, como se precisassem urgentemente de um porto seguro. Eu costumava pensar que os olhos nunca mentem, mas as pessoas me pedem para duvidar disso.
Você me parece tão interessante, intrigante mesmo, sabe? Esse seu sorriso de lado, meio galanteador, meio inseguro. Sua voz ensaiada e suas palavras tão clichês.
Fico encantada com suas expressões quando eu digo algo que você não espera, ou quando finjo não me importar e você sabe que é fingimento. Gosto quando o celular toca e é você que está ligando, e gosto quando te vejo entrar por aquela porta. Gosto de ser perto de você, de ser alguém mais admirável.
Me é estranho ter você por perto, ter suas palavras ecoando na minha cabeça, não te ter de verdade.
Você restaurou algo em mim que já estava esquecido, me deu um novo motivo para sorrir e não sei mais se isso é bom. Não sei o que você realmente pensa, nem até que ponto você mente, não sei o que você quer.
Posso ser essa menina, mas algo dentro de mim sorriu quando eu te vi pela primeira vez. Você me conquistou com essa prepotência, com esse seu ar de superioridade; quem disse que regar plantinhas não dá dinheiro, né?!
Gosto de você, gosto de mim com você. Gosto.
Não sei se é certo ou errado, não sei onde isso vai dar, mas eu vou vivendo, tentando viver. E se nossos caminhos realmente se cruzarem, quem sabe então seremos parte de uma história feliz.
Ao regador de plantinhas, com carinho.