quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Injusto.

Ainda estou tentando entender o que se passou com você ontem. Já fazem mais de dez horas e eu ainda não sei de onde surgiu aquela sua reação exagerada a um comentário tão inofensivo. Você podia ter rido, podia ter feito charme, podia ter tido uma crise boba de ciúmes. Agora eu vejo que você estava frágil, e que eu posso estar subestimando suas emoções todas. Mas você não pode me dizer que não sente nada e então sentir, sabe? Você me pede pra ter cautela, e quando eu fico cautelosa e realista e esqueço até de sentir saudade, você volta e diz que isso te deixa triste? Se esse é seu novo método de tortura, parabéns, funciona perfeitamente. Hoje quando eu acordei, parecia que tinham atropelado meu coração e não faço a mínima ideia de como arrumar isso. Na verdade eu sei que se eu tivesse ficado brava, e te mandado uma infinidade de mensagens mal educadas seria muito mais fácil de lidar. Mas por medo de parecer imatura, eu deitei a cabeça no travesseiro e fechei o olho bem forte pra tentar não pensar. Só que eu preciso te dizer que não acho justo você fazer isso comigo, logo comigo que já coloquei todas as cartas na mesa e já te contei as regras do jogo e até te expliquei como saber quando estou blefando. Não é justo você agir como se as regras fossem diferentes pra mim e pra você. Eu já podia prever que me envolver com você era uma emboscada querido, mas nunquinha que podia imaginar que a maior fonte de risco seria você.