quinta-feira, 3 de março de 2011

Como da ultima vez.

Chuva, chuva, chuva. Como se não bastasse toda angustia e ansiedade daquele coração, precisava estava estar chovendo. como naquelas historias de filme, onde os dias de tragédia nunca são ensolarados. É claro que nenhuma tragédia abateu o mundinho feliz. Aliás tudo estava indo muito bem, obrigada, pelo menos era isso que ela dizia. Mas essa coisa de deixar rolar, e de não ter o controle nunca foi algo com que ela se sentisse confortável. Essa coisa de se controlar, e esperar pela reciprocidade, que nem era certo que existia, sempre a deixou maluquinha. Ela já tinha sido uma menininha mimada, já tinha sido uma menininha ogra, uma menininha inconsequente. Mas dessa vez ela estava agindo como mulher, pela primeira vez. Sendo racional, logica e consciente. Sem ter o controle de nada, sem poder ir correndo lá e descobrir o que se passa no outro coração. Sem poder fazer nada, e se sentindo a mais incapaz das mulheres. Incapaz de aceitar isso, e de ficar bem, porque todo mundo sabia que esperar era a unica opção. Mas o espirito de aventura que a invade de vez em quando queria que ela se arriscasse, como da ultima vez, duas vezes. 
E com tantas novas possibilidades, ela se culpava por estar tão vidrada naquela historia, que nunca foi bem resolvida. se culpava por querer estar e ter por perto, se culpava por querer aquilo que no momento era impossivel de se ter. Ela estava se sentindo culpada, confusa e totalmente idiota, por mais uma vez ter se arriscado assim.

8 comentários:

  1. Oi, estava passeando pela net e vi seu blog. Bem, nao é assim que fazemos novos amigos? comentando no blog deles? hehe eu tabém escrevo. sempre que quiser passa la. posto todos os dias ^^

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  2. "Mas dessa vez ela estava agindo como mulher, pela primeira vez."
    Às vezes é tão difícil, né? Me pergunto quando vale a pena, e quando não vale.

    Sabe, seus textos sempre me fazem olhar direito para alguma coisa minha, e refletir. Sempre lindos..

    beeijos

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  3. É, isso se chama insegurança. E não falo isso num modo pejorativo, mas todos somos assim. Temos medos do que nossas ações podem causar e por isso muita vezes recuamos...

    um beijo grande :*

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  4. Às vezes precisamos correr determinados riscos...
    Pois são eles que fazem a vida mais emocionante...

    Bjs

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  5. eu não deveria, mas eu sempre me sinto assim na chuva.

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  6. eu nunca entendi esse negócio feminino de tanto medo e tanta insegurança. mas acho que já desisti de mostrar o outro lado, também.

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  7. Olá, Marcela! Tudo bem?

    Muito bacana seu blog, legal saber que vc gosta de escrever, tbm gosto... não que eu escreva muito, só quando dá vontade mesmo. Dê uma passada no meu blog (http://mundobibliotecario.wordpress.com), sempre divulgo notícias, eventos, cursos, concursos, estágios de BCI!

    Abs,
    Eduardo.

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  8. Nossa...muito bom este texto, forte e angustiante, principalmente a sensação de culpa do final...isso acaba com qualquer um!

    Aproveito para lhe convidar a participar do sorteio no meu blog Desce Mais Uma!.

    Abraço..

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