sábado, 29 de janeiro de 2011

Foi ontem...

Eu cheguei e você estava ali, encostado no seu carro preto, na frente do portão de casa.  Eu estava sozinha quando te vi, e tive medo de não conseguir ficar em pé. Eu estacionei, desci e te cumprimentei de longe. Te encarei e esperei. Não que eu não tivesse a vontade absurda de te abraçar, porque eu tinha. Te esperei por entender que aquele momento era seu. 
Você sorriu, e esticou um braço, como se me dissesse pra me aproximar, e eu fui. Fizemos alguns joguinhos, sobre a rua, o dia, e então você me fez rir. 
Toda aquela história de estar mais leve, de estar te esquecendo, de nunca mais aceitar te ter, que eu havia contado dias atras para uma amiga, se tornou inútil. Você me seduziu. Eu não estava agindo como boba, alias como sempre, eu não me sinto intimidada por você, eu me torno até alguém melhor.
Você tocou em minha mão, e me puxou pra ainda mais perto. Eu tremi. Você tocou meu rosto, me fazendo ver teus olhos; eu te perguntei o que estava fazendo ali, você se aproximou lentamente e me beijou, então sussurrou como da ultima vez, senti sua falta.

Porque ontem eu sonhei com você.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Isso é pra sempre.

Sabe, as coisas param de doer tanto depois de um tempo. Independente de quão triste ou tão perfeita seja a minha lembrança, depois de certo tempo fica meio turva, parece um tanto infiel.
Eu tenho certo problema com números, fica difícil mensurar o quanto eu ainda me importo, ou quanto tempo vai levar pra eu virar a sua página, mesmo você tendo se esforçado pra me provar como tudo pode ser estatisticamente planejado. Sinto falta dos seus gráficos, ou pelo menos de como você os aplicava nas nossas conversas.
Mas é só isso, entende? Sei que te assusto com essa minha intensidade toda, com essa coisa de querer o amor sempre presente, de lidar com a aversão e de ser profundamente entregue. Mas isso faz parte, não é ingenuidade minha, é só essa mania de querer fazer minha vida funcionar como nos livros que eu tanto amo.
Não me culpe por ter visto suas qualidades, por ter aceitado o desafio de te fazer sorrir, pra mim, por mim; por ter tentado até depois da prorrogação te entender. E pode parecer prepotência, mas eu sei que te entendo. Só não me culpe por isso, porque se você o fizer, eu sei que vai voltar a doer, tudo de novo.
Mas se eu tivesse direito a um pedido, um só, eu pediria para que você não me tratasse como uma estranha; aliás eu imploraria se pudesse, para você ser sempre aquele que você era durante nossas conversas. E assim, só assim, eu teria certeza de que qualquer dor, lágrima, sonho ou sorriso meu não foi em vão.

Haja o que houver o tempo nos afastar
Certas coisas nunca vão se apagar ♪
Catch Side -  O quinto

sábado, 1 de janeiro de 2011

Sempre amor...

É verdade, eu amo você. Não vou mais ignorar esse fato. Aquele dia, quando te vi sorrir por me ver e discretamente dizer que estava muito feliz por eu estar ali, meu coração parou. Cheguei a pensar que todos os maus momentos, e tudo o que eu sofri eram invenção da minha cabeça.
Mas você está programado para me decepcionar. Seu jeito de me tratar, o modo como você tenta me seduzir e as coisas que você faz quando acha que está tudo perdido.
Eu nunca estive tão perto de ser sua, conscientemente, como naquela noite. E você não entendeu isso, simplesmente interpretou tudo do jeito que te faria parecer mais homem e se entregou para uma garota qualquer. E eu nunca estive tão longe de ser sua, como ao ver aquela cena.
E nada mais do que você faça, nada do que você diga vai mudar isso. Você me deu o argumento que faltava para seguir em frente. E eu vou seguir.
Se você foi homem o bastante pra agir como agiu, espero que você seja homem para superar, para aceitar e para entender que eu vou sempre te amar, e estar pronta para te apoiar, mas - e você sabe que sempre tem um mais - eu não estou disposta a ser sua de novo.

Para você, que não teve seu final feliz comigo.